domingo, 12 de maio de 2024

Na Estrada da Alma


No caminho árduo onde a alma se perdeu,

Entre sombras densas e o desespero cru,

Luto para encontrar a luz que antes me acolheu.


Procuro diariamente uma voz,

Que entoa no silêncio da minha solidão,

Um sussurro suave que me traz algo mais,

Que acalma a tempestade da minha confusão.


A viagem de volta é a mais árdua,

A busca pelo próprio ser,

Uma ideia simples mas,

De concretização tão complexa e demorada.


O peso que carregava ,

É agora mais leve,

Aprendi a arrumar a minha mochila,

Tudo por que passei foi fulcral,

Para o meu desenvolvimento pessoal.


É preciso coragem para romper com o conhecido,

Para abraçar o desconhecido, o incerto,

É na vulnerabilidade que somos fortalecidos,

E descobrimos que somos capazes de suportar o peso do nosso deserto.


É assim que deixamos para trás a prisão da complacência,

E nos lançamos no vasto oceano da experiência,

Aprendendo a dançar com a dor, com reverência,

E descobrindo que a vida é uma eterna aprendizagem, uma constante emergência.


Durante este caminho encontrei

Forças que desconhecia ter,

Aos poucos renasço, pronto a viver,

Com uma sabedoria que só quem sofreu pode entender.


domingo, 14 de abril de 2024

Horizonte Abatido

Na sombra da ilusão, me perdi,

Cego aos sinais que o coração viu.

Caminhei na estrada da esperança,

Sem ver o fim da nossa dança.


Desvaneceu-se a aura do encanto,

Restando apenas o eco do pranto.

Em cada suspiro, uma memória,

Em cada lágrima, uma história.


No silêncio da noite, a solidão me abraça,

Um eco de dor que em mim se embaraça.

Em cada suspiro, um gemido de agonia,

A alma não cicatriza, só cria sombra e melancolia.


Desgosto, amargo sabor na boca,

Como um rio que a corrente desloca.

Mas no fundo desse abismo, hei de encontrar,

A força para recomeçar a caminhar.


Mesmo que doa, mesmo que sangre,

Cicatrizes no peito, que a vida apague.

Pois de cada queda, ergo-me mais forte,

Aprendendo a curar essa dor que me consome até à morte.

segunda-feira, 11 de março de 2024

Entre Lembranças e Esperanças

Depois de um passado de tormenta e dor

Afundado em desgosto

Pensava ter encontrado o fulgor

Mas o receio persiste, a sombra resta


O desgosto passado, uma ferida profunda,

Cicatrizes que doem, lembranças sombrias,

Agora o medo surge, como uma onda muda,

Trazendo receios, ameaças vazias.


De coração apertado

Só com ideia de te perder

Não sabendo o que seria de mim

Sem forças para correr

Pedindo pelo fim


Tenciono não voltar a passar

Por aquilo que um dia me levou o ser

Continuarei a lutar por ti

Pois não tornarei a morrer